quinta-feira, 2 de abril de 2015

O HOMEM MAIS FELIZ DO MUNDO

Matthieu Ricard, um monge francês de mais de 60 anos de idade é considerado o homem mais feliz do mundo.

Isso porque ele participou de uma pesquisa da Universidade de Wiscosin para investigar o efeito da meditação no cérebro. Os pesquisadores tabelaram a felicidade em uma escala de acordo com a movimentação, ou não, das regiões do cérebro que ativam as emoções positivas ou negativas.

Após os experimentos com equipamentos sofisticados, incluindo uma máquina de ressonância magnética e sensores monitorando partes do cérebro de várias pessoas, Ricard obteve o melhor resultado. Ele atingiu uma marca que surpreendeu a todos, superando o limite da escala da felicidade.
 
Ricard acha um exagero o titulo de "homem mais feliz do mundo", mas reconhece que sua vida tranquila num mosteiro e a prática diária de meditação os tornaram uma pessoa bastante feliz e realizada.
 
Matthieu Ricard era um jovem estudante e destacado cientista em Paris quando resolveu abandonar tudo para se dedicar a uma vida de contemplação como monge budista. Ele deixou para trás uma carreira profissional bastante promissora, mas se livrou do estresse de uma grande metrópole e do materialismo da sociedade francesa. 
 
Ele não acha que para ser feliz tem que largar tudo e virar monge. Mas recomenda a prática da meditação como uma forma de enfrentar melhor os desafio da vida. E alerta para a falsa felicidade que o consumismo e o materialismo tentam proporcionar.

Ele diz que a meditação não é uma fórmula mágica para a felicidade. Mas lembra que essa técnica milenar nos ajuda a concentrar e focar a mente, evitando pensamentos desnecessários e negativos.
 
Para Ricard, a dor e o sofrimento fazem parte da vida. Mas a felicidade, ou a infelicidade, está em como conviver com os aspectos negativos da nossa existência. Se uma pessoa se coloca como vítima de uma situação negativa poderá ficar presa na tristeza e no desespero. Se ao contrário, usa essa experiência para crescer, progredir  e se transformar, encontrará o caminho para a felicidade.
 
Segundo "o homem mais feliz do mundo", a verdadeira felicidade é possível quando saímos do egoísmo. Para ele, uma estratégia para a uma vida feliz é se voltar para o altruísmo, fazer coisas significativas para os outros, em vez de se focar na sua dor.
 
A meditação também ajuda a desenvolver uma força interna que nos torna mais resistentes à tristeza, porque percebemos que ela é causada por fatores externos, sobre os quais não temos controle. Ele compara com o mar: uma tempestade afeta a superfície do oceano, mas suas profundezas permanecem calmas.
 
Em uma entrevista recente para a Revista Veja ele se mostrou preocupado com o materialismo das pessoas e os elevados índices de suicídio e de depressão, inclusive em países como o Brasil.  Para o monge francês já está provado que o consumismo não traz felicidade. Se fosse assim, diz o monge, as pessoas mais ricas seriam as pessoas mais felizes do mundo.
 
Ricard recomenda que todos nós melhoremos a qualidade das relações humanas. Não devemos nos preocupar com a quantidade dos amigos, principalmente os das redes sociais, mas sim ter pessoas com quem se pode contar e ter intimidade.

Somos todos interdependentes, os 7 bilhões de pessoas no planeta, e a felicidade não convive com o egoísmo, destaca o "homem mais feliz do mundo".